A modéstia para ministros de louvor é um tema essencial e primordial quando se trata da maneira que cada ministro necessita ser visto pelas pessoas a quem está servindo. Quantas vezes você já se viu perdida, ou, se perdeu quando ia se arrumar para uma ministração?
Independente do estilo pessoal do ministro, saber adequar sua forma de vestir ao ambiente e ao serviço prestado, é um princípio básico de um bom servo, que deseja alcançar o seu objetivo, de levar o público à adoração, à alegria e à conexão com o Divino.
Vestir-se com modéstia, pode ser visto como simplesmente um exercício de bom senso, mas, não é, pois, só se poder usar de bom senso ao ter conhecimento que embase as decisões que toma, tanto ao vestir, como em qualquer outra área da vida.
Esse post tem por objetivo ajudar ministros a estarem adequados ao serviço, com elegância, reverência e, é claro, respeitando seu estilo pessoal, que é essencial à diversidade que compõe a unidade, mas tendo a essência da modéstia como guia.
A essência da modéstia: além da roupa
Uma das dúvidas mais recorrentes que as mulheres tem, é se estão vestindo de forma modesta. Um conflito entre estar vestida de forma que preserve o estilo pessoal e a ideia de “autoanulação” relacionada a modéstia, confunde e resulta em mais quantidades de erros do que de acertos.
A modéstia (tzniut), é um estilo de vida, que também é refletido na roupa. Tzniut, para roupa, tem menos a ver com autodepreciação e está mais ligada a adequação, recato e elegância. A nossa roupa também deve estar pautada no objetivo de não seguir os impulsos do coração.
Quando pensamos em modéstia, devemos nos lembrar que a roupa também deve ser um lembrete de não ser guiado pelos olhos e coração. Quantas você já se vestiu simplesmente pelo estado de humor, por uma necessidade emocional, sem levar em conta a sua dignidade e a do ambiente, o que representa esse lugar representa e a quem você representa e, até mesmo, nas pessoas que precisam de você, de confiar em você?
A modéstia precisa antes de tudo surgir no coração, no contentamento em ser quem se é, e se vestir de forma que esteja condizente com sua personalidade, mas, adequado ao ambiente. O autoconhecimento é uma ferramenta essencial à modéstia, principalmente em nossos dias, em que a forma de vestir e se relacionar, é muito diferente a dos tempos bíblicos. É preciso saber como se vestir, de forma adequada ao seu corpo e estilo de vida. (leia mais sobre tipos de corpo aqui)
Quando a Bíblia diz que não deva ser o penteado extravagante o que fala pela mulher, ela dá um sinal de que a vida interior deve ser bem cultivada, para que não seja nenhuma excentricidade o que nos representa, mas um espírito gentil e amável.
Quando o objetivo não é ser destaque pela aparência, não nos vestimos para nos desvalorizar, o que também leva ao vestir também de maneira imprópria, tampouco, nos vestiremos para sermos vistas como alguém corajosa e muito diferente. Nossa roupa deve ser um complemento à atitude.
Só é possível se vestir de forma modesta em uma ministração, se sua vida vive num estado de modéstia, focada em ser uma pessoa que sabe o tempo certo de cada coisa e a hora de se apresentar, de falar, de se expressar, tanto pela fala, quanto pelos gestos e pela roupa.
A modéstia, necessita saber o tempo e lugar adequados para cada coisa e, também, seu limite e o limite dos outros.
A roupa pode nos enganar e enganar aos outros. Ela pode fazer com que você extrapole limites dos outros e se permita ser invadida. Ela pode fazer com que você tenha ”voz de Jacó e mãos de Esaú”. Pode-se acreditar que uma roupa está inadequada, simplesmente por ela ser feminina e acabar indo para outro extremo e cair no mesmo problema, pois às vezes o que se acha inadequado, é alguma parte do corpo que necessita de determinado tecido para que fique bem acomodado e não seja o centro das atenções.
A feminilidade em si não precisa ser sensual e extravagante. É possível criar feminilidade no vestir, sem estar expondo partes do corpo, sem insinuar intimidade. A feminilidade pode ser atribuída nos detalhes. A ousadia, também pode ser atribuída nos detalhes, como nos gestos, na forma de falar, no que se fala, no que se observa.
Tudo depende de como você se olha, do que você pensa quando vai decidir se vestir. Se é estar adequada, ou, se é esconder algo, criar formas que não tem… para vestir com modéstia, o foco deve estar em: como estar preparada para ser e fazer o que eu preciso e, não, em como você pode se destacar ou se anular.
Guia prático para se vestir com modéstia:
A modéstia (tzniut) nasce no interior, porém, através da prática correta, é possível absorver o princípio e começar se transformar de fora para dentro, desde que o coração esteja com a intenção correta.
O que vestir em cada ocasião:
Mesmo que você não esteja ministrando, você representa seu ministério e, certamente as pessoas te observarão para se inspirar. Tenha em mente que é necessário estar vestida mais formal no ambiente de culto, irá te conferir mais seriedade. O conforto da peça não deve estar em primeiro lugar, se esta peça transmita excesso de descontração e casualidade, como é o caso de legging, t-shirt e jeans, principalmente se está acompanhados de tênis.
Procure calças, saias e vestidos que te possibilitem refinamento e também conforto. Deixe o tênis para ser usado somente em ocasiões de muita casualidade, fora do ambiente de culto. Tênis estará sempre associado a despretensão. Esse é seu objetivo no ambiente de culto? O tênis pode ser bem-vindo, se ele é apenas um detalhe em um look que mais formal, dos pés à cabeça. E, ainda assim, prefira tênis branco, minimalista, à tênis que sejam do tipo esporte, com uma carinha de adolescente.
Se você precisa de calçados mais baixos e confortáveis, prefira mocassim, mule, sandálias e rasteiras. Deixe o tênis para outras ocasiões.
Se você vai ministrar efetivamente, busque sempre estar bem vestida. A calça sempre trará um ar mais sério e menos feminino que a saia, vestidos e macacões. Para escolha da peça, observe se ela acomoda sua estrutura corporal, sem prendê-la ou deixá-la “solta”. Acomodação é a chave.
Ao escolher sua roupa, observe se precisará subir ou descer escadas, se estará acima do olhar das pessoas e, ao escolher a roupa, vasculhe se ela poderá causar algum constrangimento, tanto a você, quanto às outras pessoas.
Independente da peça que escolher, lembre-se que sua roupa íntima deve permanecer íntima. Marcas de roupas íntimas, assim como sua exposição, não são elegantes e causam desconforto a todos ao seu redor.
Traga feminilidade em seu cabelo, no calçado, em seus acessórios. O corpo não deve ser o ponto central de sua imagem e, sim, o todo. A harmonia dos elementos que cria conforto visual e segurança ao vestir.
Peças que não podem faltar num armário modesto: roupas íntima que não fique visível. Roupa íntima da cor da pele, para roupas brancas e com leve transparência (deixe essa transparência para mangas e só). Use blusas de alcinha por debaixo para roupas que possam ser muito transparentes.
Se assegure de que não há marcações na roupa, algo muito comum e fácil de acontecer.
Evite malharias e roupas casuais, que comunicarão sua casualidade e despretensão com a ocasião.
Inspirações e exemplos: para inspirações de looks, acompanhe meu Pinterest.
Quebrando mitos sobre a modéstia:
Os mitos sobre a modéstia são um grande empecilho e tropeço para quem quer acertar. Vamos falar sobre algumas questões que podem estar trazendo a ilusão de modéstia e distanciando do objetivo.
Estereótipos:
- Modéstia não significa roupas sem graça ou ultrapassadas. Não significa estilo vintage. Também, não é falta de zelo pela peça e pelo corpo. Se você está desarrumada e descuidada, chamará atenção pela falta de zelo e, isso também não é modesto.
- Modéstia não é se anular. Modéstia é ser discreta, mas ter presença; ser confiante, mas ser humilde.
- Modéstia não é saia e vestidos largos.
- Modéstia não é legging ou jeans e t-shirt.
- Modéstia não anula a feminilidade.
Celebrar a diversidade:
Se existe algo que D’us fez, foi a unidade na diversidade. Parece paradoxo, mas na verdade acredito ser a essência da beleza. Quando olhamos para a natureza, vemos mix de cores e formas e, cada uma está perfeitamente adequada a sua função, sem exageros ou falta de contextos. Assim deve ser nossa vida e vestir.
A uniformização é algo terrível contra a individualidade e, inclusive à modéstia.
Uma roupa que fica adequada a uma pessoa, pode ficar exagerada, extravagante e até mesmo indecente em outra, simplesmente porque não somos uma produção em série. Cada uma de nós tem formas, cores e atributos que são únicos.
Uma roupa que deveria deixar o grupo igual, pode fazer com que a maioria esteja desconfortável, pois o tecido, o corte, as formas e cores não são adequados à ela.
A beleza interior é refletida em nossa beleza exterior. Saber lidar com nosso corpo e nossas diferenças, é o que nos possibilita sermos um: diferentes, sob a autoridade de um mesmo governo.
Modéstia para ministros de louvor: uma jornada de crescimento pessoal:
Muitas mulheres sofreram em suas vidas, principalmente na mudança de criança para adolescência, insultos que marcaram suas vidas e moldaram a forma com se aceita. Esse problema de autoaceitação e autoconceito acaba dirigindo a vida e tomando as decisões por essa mulher.
A modéstia, pode ser cura para essa negação de si. Se aliada ao autoconhecimento, que permite que você aprenda apreciar e trabalhar quem se é, para fora dos estereótipos, ela te ensinará a ter contentamento e se olhar com outros olhos. Você deixa de ser o foco de sua narrativa e, sua missão passa ser o mais importante.
Comece observar a vida fora do prisma de vítima e passe a ter coragem de servir, de ser você mesma e se vestir para além da falta ou carência. Vista-se para estar pronta para a vida que D’us espera que você viva.
A modéstia para ministros de louvor é um caminho desafiador, mas que te levará para a liberdade que existe para fora do medo da rejeição, da preocupação com o conceito dos outros e tomará conta de você a certeza de quem você é, de quem aprendeu ser, vivendo como filha de D’us.
Vestir-se pensando em estar pronta, sem ter o corpo como protagonista, seja para tentar acentuar algo, ou, esconder, é um grande passo rumo essa liberdade. Arrisque-se!
A moda como ferramenta de expressão da fé:
Diferentemente do que tentam nos encucar, a moda deve ser usada ao nosso favor de acordo com nosso estilo de vida, com nossos valores.
Devemos ter nosso estilo pessoal e saber adequar as tendências à nossa personalidade.
As mulheres que insistem que somos inadequadas por nossa fé, fazem de tudo para que nos escondamos, ou, sejamos como elas, inclusive no vestir. Porém, nosso Senhor nos ensina que devemos ser Luz e não devemos nos esconder. Nossa Luz deve brilhar e dissipar as trevas.
Dicas de styling para ocasiões especiais: um bônus
Se você deseja saber qual é o momento ideal para estar vestida com mais elementos que expressam feminilidade, sua espera acabou!
Ocasiões especiais, como jantares e apresentações são momentos excelentes para se apostar em vestidos e saias, brilho, sandália…
O decoro é sempre indispensável. Então, use sempre a lei da compensação:
- Se sua roupa tem decote, deixe o comprimento maior.
- Se sua roupa tem fenda (tamanho midi e longo), evite decote e braços de fora.
- Se vai usar animal print, evite pontas afiadas, vermelhos, decotes e fendas.
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Muito obrigada por estar aqui.
Com carinho, Carol.